20 outubro 2011

Abre Alas.

Visto-me em novo espaço hoje porque meu âmago implorou à alma pelo espaço vazio. Era preciso para mim contemplar a algúria de reler e rever o meu exposto espaço outra vez.

Foram reais três anos de silêncio. Dois anos de mentiras sinceras que eu me contava para eu acreditar que viver fora o doce sabor que me pusera a ter. Mas a verdade, a vil e sutil verdade nunca me fez mentir. Calou-me. Minhas letras se foram, se tornaram programadas, enquadradas, eram malditas.

Eu, que por muito tempo lancei mão de formatos, de métricas, de conceitos orientáveis, me perdi na necessidade de vender cada letra. Prostitui minha qualidade, mesmo que não seja tão bela assim. Era a vadia mais barata, escrevendo num lead depressivo, sendo quisto como bandido, pois cada termo tinha em si a vida que os terminais têm para si.

Mas após toda a turbulência e lamúrias que me fizeram deixar de ser, resolvi outra vez viver.

É impossível que eu volte a trilhar como nos velhos passos. E espero não fazê-lo. O que fiz na minha história nada mais é do que eu nunca mais voltarei a ser. E melhor que assim seja, porque preciso refazer quem sou para que você queira me ler.

Tenha você me lido antes ou não.

Este é um mero convite, uma embromação, para que este espaço tenha uma indigna inauguração.

Um comentário:

Carol Rodrigues disse...

Taí o moço que fala difícil, mas fala bonito =D
Bem vindo de volta =)